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UM POR TODOS E CADA UM POR SÍ

Pessoas que participam frequentemente das reuniões de associações comunitárias e qualquer outro evento que demande a presença dos seus moradores para organização de ações visando o benefício de todos sabem das dificuldades de se conseguir coisas básicas como a simples participação da comunidade. Alguns não participam por alegar cansaço ou porque está na hora da novela ou por achar que estas reuniões não dão em nada e que os cuidados com o seu bem estar são de responsabilidade única e exclusiva  dos governos, permanecendo em casa, com os braços cruzados, acreditando que as melhorias na sua vida irão cair do céu. Muitos se  contentam simplesmente com a ajuda que recebem dos governos para não morrerem de fome. Observei in loco este fato. Em alguns distritos de Governador Valadares pessoas passam o dia sentadas na porta de suas casas caindo aos  pedaços, sem água, luz, esgoto, mas satisfeitos com o que recebem do bolsa família que lhes garante o alimento básico durante o mês tornando-se desnecessária a busca por trabalho ou qualquer outro tipo de reivindicação. Um exemplo claro deste tipo de problema são os surtos de dengue que ocorrem periodicamente no Brasil e em nossa cidade. Quando o surto acontece transferimos toda a responsabilidade para o estado e município, mas e a nossa parte? Se, em uma rua com  cem residências com piscina, noventa e nove são mantidas limpas e apenas uma servindo de criadouro para o mosquito, todos os moradores estarão sob risco de contaminação.
As cobranças junto às prefeituras por benfeitorias básicas no bairro e até mesmo alguns luxos como praças de esportes com piscina, quadras cobertas e campos de futebol gramado devem partir de toda a comunidade, pois a força da reivindicação está na ação coletiva e das entidades que representam com as associações de moradores. Pessoas isoladas ou em grupos reduzidos de pouca representatividade pouco conseguirão no atendimento de suas solicitações. Quando a comunidade não reclama, os governos entendem que está tudo bem e que dois ou três “gatos pingados” reclamando não representam a opinião da massa. Agora, quando aqueles dois ou três “gatos pingados” estão respaldados pela comunidade com, por exemplo, um abaixo assinado com 10 ou 20 mil assinaturas ou qualquer outro documento que os invistam oficialmente de representantes de toda uma comunidade, o tratamento muda e os nossos governantes passam a tratar do assunto com mais atenção e seriedade.
Como dizia aquele velho ditado: andorinha sozinha não faz verão. E não faz mesmo! Para mudar a realidade de uma rua, um bairro e até mesmo de um município é preciso união de seus membros, discussões dos problemas e definições claras das reivindicações. E se você é um daqueles cidadãos que pensa que os nossos gestores devem ser paternalistas em relação a implantação de benefícios na sua comunidade, pode pegar aquele sofá da sala e ligar a televisão pois esperar de pé cansa.

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