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DESENVOLVENDO A FRUTICULTURA

Qual será o pais em que podemos andar pelas ruas de algumas cidades, esticar o braço e comer uma fruta? Manga, cajá, goiaba, amora e diversas outras frutas? No Brasil é assim ratificando uma antiga frase: “aqui, em se plantando tudo dá!”. Podemos perceber as mangueiras carregadas de frutos a ponto estragar em grandes quantidades causando grandes incômodos durante a decomposição como o cheiro forte e o chorume. Quem possui o seu “fundo de quintal” e gosta de colher o fruto no pé monta o seu pomar de frutas e sua horta caseira. A produção é tanta que mesmo com apenas uma espécie de cada frutífera plantada no quintal o cidadão tem fruta para consumo próprio, seus familiares e todos os vizinhos, e ainda sobra, o mesmo acontecendo com as hortas. Mas se vocês verificam que as árvores frutíferas espalhadas pela cidade ficam carregadas de frutos nesta época sem qualquer tipo de tratamento, imaginem um pomar comercial onde os tratos culturais são realizados continuamente visando a produção comercial. O nosso potencial para a produção de frutas é gigantesco pois temos solo, temperaturas elevadas, sol e água (ainda). Para a produção de poupa de frutas os cuidados com o aspecto dos frutos é menor pois a casca é retirada, mas para o consumo in natura o aspecto é fundamental e os cuidados com os frutos devem ser maior. O mercado externo tem aumentado significativamente o consumo de frutas tropicais in natura e o Brasil é o principal fornecedor destes produtos. A exportação de frutas é uma das principais alternativas de aumento das divisas do Brasil, considerando principalmente, que os gêneros alimentícios fazem parte do consumo obrigatório e devem ser adquiridos continuamente. Enquanto a maioria dos países do planeta possui algum tipo de limitação para produção de frutas, principalmente climática, isto praticamente não acontece no Brasil, a exceção das pragas e doenças que causam grandes danos as frutas, mas que são facilmente controlados, diferentemente das limitações climáticas em que o fruticultor nada pode fazer, apenas esperar até que o período propício para cultura retorne como é o caso das baixas temperaturas de inverno no hemisfério norte onde o gelo e a neve tomam conta do campo durante parte do ano. No Brasil isto não acontece. Podemos produzir frutas o ano todo e com grande diversidade. O melhoramento do manejo e o genético tem criado variedades cada vez mais produtivas e adaptadas aos diversos climas do Brasil. O grande centro produtor de uva de mesa do Brasil não é mais o Rio Grande do Sul, mas Pernambuco, na região de Petrolina onde se colhe várias safras por ano e a exportação para a Europa acontece de avião, sem contar outras frutas como o melão. Quem poderia imaginar que uma região árida, quente e seca como aquela poderia apresentar este grande potencial para a produção de frutas? O Norte de Minas seguiu o mesmo caminho. Um região extremamente quente e também com características de semi-árido se tornou o maior pólo produtor de banana do Brasil com grandes perspectivas de expansão para outras culturas. Em 2008 o Brasil exportou 30 mil toneladas de mamão gerando uma receita de 36,5 milhões de dólares.

E o Vale do Rio Doce com uma situação climática edáfica mais favorável que as regiões citadas, porque não conseguimos desenvolver nosso pólo produtor de frutas? Falta de tecnologia? Planejamento? Cultural? Acho que um pouco de cada. Mas é importante acreditar que um dia conseguiremos implantar os nossos sistemas de desenvolvimento tecnológico na região voltado para o setor agropecuário.

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