Pular para o conteúdo principal

APRENDENDO COM A NATUREZA

Quando se observa uma floresta com suas árvores em aparente tranqüilidade e equilíbrio, não imaginamos a guerra que está sendo travada entre elas. Os fatores como a luz, espaço e nutrientes são limitados em uma floresta gerando uma grande competição entre todas as plantas. Os principais componentes que tornam uma planta vencedora neste ambiente competitivo são os compostos químicos produzidos por elas. Estes compostos  são conhecidos como compostos alelopáticos e tem como função principal inibir o desenvolvimento de outras plantas nas regiões próximas reduzindo a competição por água, luz e nutrientes sendo um instrumento importante para sobrevivência e ocupação de uma espécie. A aroeira por exemplo é uma planta que libera compostos alelopáticos pelas folhas evitando que outras plantas cresçam próximo a ela. Outras árvores como a leucena e o eucalipto também produzem estes compostos, mas não são tão potentes quanto os da aroeira. Várias estruturas das plantas podem produzir compostos alelopáticos como as folhas, caule e raízes. Na maioria dos casos, estes compostos não tem qualquer utilidade direta no metabolismo das plantas, servindo apenas para serem liberados no meio ambiente para impedir que outra planta cresça. Estes compostos são capazes de controlar até mesmo as pragas. Muitos insetos não chegam perto de algumas plantas devido ao cheiro que elas exalam no meio ambiente. Algumas plantas retém o composto químico dentro dela. O inseto só percebe a besteira que fez quando ele pousa e “experimenta” a planta. O sabor ruim causado por estes compostos faz com que o inseto desista de se alimentar. Muitos destes compostos são conhecidos de longa data e já são comercializados. O piretróide é um destes compostos. Originário do ácido crisântemo, foi descoberto na planta com o mesmo nome. Atualmente é utilizado como inseticida. É um composto de reduzida toxidade e muito utilizado em residências e no campo. Esta guerra química também se estende para os microrgansmos do solo onde a disputa também é freqüente e novamente o homem se aproveita desta guerra. Os antibióticos são produzidos por fungos e actinomicetos do solo que limitam o desenvolvimento das bactérias. Atualmente utilizamos para combater nossas infecções bacterianas. Se prestarmos atenção, podemos verificar que a natureza tem muito a nos ensinar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

OS SOLOS ÁCIDOS E AS PLANTAS

Um dos grandes problemas dos solos brasileiros é a acidez. Quando o produtor recebe a análise de seu solo, o primeiro item que aparece no relatório é o pH. Esta é a primeira avaliação que determina se um solo está ácido ou não. Quimicamente, o pH varia de   0,0 até 14,0 e no ponto de equilíbrio o pH vale 7,0. Acima deste valor de equilíbrio o pH está básico e abaixo do valor de equilíbrio o pH está ácido.   A maioria das plantas não tolera solos ácidos, mas, alguns solos apresentam acidez muito fraca o que praticamente não interfere no desenvolvimento das plantas. Isto acontece nos solos com pH entre 6,0 e 6,9. Nestes casos os solos são considerados de acidez fraca. Quando o pH encontra-se entre 5,0 e 6,0, o solo está mais ácido, interferindo de forma negativa no desenvolvimento da grande maioria das plantas cultivadas. Quando o pH está abaixo de 5,0, o solo apresenta acidez forte, prejudicando efetivamente o desenvolvimento de todas as plantas cultivadas. Vários fatores atua...

EROSÃO EM TALUDE - ALÉM PARAÍBA-MG

RANHURAS NO TALUDE FORAM FEITAS "MORRO ABAIXO". COM AS CHUVAS OS SULCOS DE EROSÃO SÃO FORMADOS E, CONSEQUENTEMENTE AS VOÇOROCAS.

ALGUNS TALUDES DE ESTRADAS COM PROBLEMAS DE EROSÃO